MÁRIO DOS SANTOS MORAES, natural de Recife-Pernambuco, guarda municipal, residente em Itiruçu-Bahia, cidadão honesto e batalhador, que luta pelos seus ideais, e que nos momentos alegres ou tristes escreve seus pensamentos tornando-os em versos e finalmente virando poesia.
Quando te vi...
Vejo-te, maculada e triste
Qual passarinho do estilingue vítima
Prenhe de tristezas, vazia de sonhos
Escrava mansa dos caprichos meus.
Vejo-te, maculada e triste
Qual passarinho do estilingue vítima
Prenhe de tristezas, vazia de sonhos
Escrava mansa dos caprichos meus.
Já não deténs contigo o viço dantes
O brilho cálido dos teus sonhos negros,
É que matei num gesto obceno
Tua alegria tão pequena e fria.
Hoje cultivas dentro de ti, a planta
Que se alimenta do teu suco etéreo,
Roubando o brilho de tua alma simples
Clonando todo teu ser e teu ego.
Onde andará o assassino verme
Que penetrou no teu ser sem licença
Contaminando teu viver simplório
Que até hoje não te desses conta.
Vejo-te hoje, esperando crédula
Que esta mão que mutilou teus sonhos
Se estenda amiga te agarrando artelhos
E devolvendo-te a felicidade.
Mas a distância na qual me escondo
Encapuzado de tão covardia
Me camuflando de saudade e pesjo
Só te respondo: Espera!... Espera!
Vejo-te hoje, oculto em meu quarto
No espelho fosco do meu quarto mudo
Deitado em cama que me queima o corpo
Susurro triste: perdão, minha vida!
Mário dos Santos Moraes
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